Nada passou em branco
Esse livro é o relato de um nascimento. Antes disso: de uma gestação. Desde seus primeiros passos, o jovem médico Antonio Cescatto percebe, não pode deixar de perceber, que algo ferve em seu interior. Algo se diferencia e o puxa em uma direção que não podia prever. O conflito divide seu espírito. Ama os livros de fisiologia, onde tudo parece se enquadrar e se equilibrar, como em uma ficção impecável. O contato com a literatura e a filosofia, porém, subverte sua mente, agitando-a com perguntas e demandas imprevistas. Marcuse, Durkheim, Kierkegaard entortam seu olhar e abalam o solo estável em que pisa.
Os pensamentos estremecem. A mente se racha. “Pela primeira vez eu tenho a certeza de que este é um mundo ao que não quero pertencer”, escreve. Conhece a beleza da arte de curar, que vem desde Hipócrates, e antes ainda, desde o egípcio Imhotep. Mas uma outra beleza, mais turbulenta e íngreme, se impõe: a das rupturas, dos deslocamentos, das metamorfoses. A arte. Nada passou em branco é o relato de uma formação. Formação que é, também, uma deformação. Dos pensamentos duros, em uma reviravolta, nasce uma sensibilidade que, quanto mais se afirma, mais faz o mundo estremecer. Os grandes caminhos, os mais verdadeiros, não surgem só de projetos e de afiadas maquinações, nascem de sustos.
No momento em que as perguntas se tornam mais potentes que as respostas, algo se rompe e o novo aparece. “Daí pensei nisso: arte provoca deslocamentos. Confunde perspectivas. Cria ambiguidades. Por que não a arte em vez das paredes vazias e descascadas?” Com uma voz firme e sincera, Cescatto nos desvenda laços misteriosos, mas potentes, entre a ciência e literatura.
A escrita – ao contrário da solidez dos tratados de fisiologia – o conduz em direção ao incompreensível. “Não entendia por que não se falava de nada que não fosse isso: ciência aplicada.” Ao optar pelo caminho da arte, Antonio Cescatto se embrenha no grande silêncio da dúvida. É desse mergulho no inexplorado que seu livro trata. Por isso, Nada passou em branco não deixa de ser, também, um comovente livro de aventuras.
Os pensamentos estremecem. A mente se racha. “Pela primeira vez eu tenho a certeza de que este é um mundo ao que não quero pertencer”, escreve. Conhece a beleza da arte de curar, que vem desde Hipócrates, e antes ainda, desde o egípcio Imhotep. Mas uma outra beleza, mais turbulenta e íngreme, se impõe: a das rupturas, dos deslocamentos, das metamorfoses. A arte. Nada passou em branco é o relato de uma formação. Formação que é, também, uma deformação. Dos pensamentos duros, em uma reviravolta, nasce uma sensibilidade que, quanto mais se afirma, mais faz o mundo estremecer. Os grandes caminhos, os mais verdadeiros, não surgem só de projetos e de afiadas maquinações, nascem de sustos.
No momento em que as perguntas se tornam mais potentes que as respostas, algo se rompe e o novo aparece. “Daí pensei nisso: arte provoca deslocamentos. Confunde perspectivas. Cria ambiguidades. Por que não a arte em vez das paredes vazias e descascadas?” Com uma voz firme e sincera, Cescatto nos desvenda laços misteriosos, mas potentes, entre a ciência e literatura.
A escrita – ao contrário da solidez dos tratados de fisiologia – o conduz em direção ao incompreensível. “Não entendia por que não se falava de nada que não fosse isso: ciência aplicada.” Ao optar pelo caminho da arte, Antonio Cescatto se embrenha no grande silêncio da dúvida. É desse mergulho no inexplorado que seu livro trata. Por isso, Nada passou em branco não deixa de ser, também, um comovente livro de aventuras.
Características | |
Autor | Antonio Cescatto |
Biografia | Esse livro é o relato de um nascimento. Antes disso: de uma gestação. Desde seus primeiros passos, o jovem médico Antonio Cescatto percebe, não pode deixar de perceber, que algo ferve em seu interior. Algo se diferencia e o puxa em uma direção que não podia prever. O conflito divide seu espírito. Ama os livros de fisiologia, onde tudo parece se enquadrar e se equilibrar, como em uma ficção impecável. O contato com a literatura e a filosofia, porém, subverte sua mente, agitando-a com perguntas e demandas imprevistas. Marcuse, Durkheim, Kierkegaard entortam seu olhar e abalam o solo estável em que pisa. Os pensamentos estremecem. A mente se racha. “Pela primeira vez eu tenho a certeza de que este é um mundo ao que não quero pertencer”, escreve. Conhece a beleza da arte de curar, que vem desde Hipócrates, e antes ainda, desde o egípcio Imhotep. Mas uma outra beleza, mais turbulenta e íngreme, se impõe: a das rupturas, dos deslocamentos, das metamorfoses. A arte. Nada passou em branco é o relato de uma formação. Formação que é, também, uma deformação. Dos pensamentos duros, em uma reviravolta, nasce uma sensibilidade que, quanto mais se afirma, mais faz o mundo estremecer. Os grandes caminhos, os mais verdadeiros, não surgem só de projetos e de afiadas maquinações, nascem de sustos. No momento em que as perguntas se tornam mais potentes que as respostas, algo se rompe e o novo aparece. “Daí pensei nisso: arte provoca deslocamentos. Confunde perspectivas. Cria ambiguidades. Por que não a arte em vez das paredes vazias e descascadas?” Com uma voz firme e sincera, Cescatto nos desvenda laços misteriosos, mas potentes, entre a ciência e literatura. A escrita – ao contrário da solidez dos tratados de fisiologia – o conduz em direção ao incompreensível. “Não entendia por que não se falava de nada que não fosse isso: ciência aplicada.” Ao optar pelo caminho da arte, Antonio Cescatto se embrenha no grande silêncio da dúvida. É desse mergulho no inexplorado que seu livro trata. Por isso, Nada passou em branco não deixa de ser, também, um comovente livro de aventuras. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559053681 |
Largura | 14 |
Páginas | 108 |